domingo, 25 de maio de 2008

Sacerdotisa - Capítulo onze

Assim que amanhece um novo dia, Linna, como sempre, levanta-se para treinar. Ela profere diversas magias defensivas. Após o treino, ela termina de organizar o seu jardim e alguns vasos são feitos para ficarem dentro de casa. Mu terminava de passar complexos exercícios ao seu pupilo, Aioria e Marin acabavam de coordenar treinos, alguns cavaleiros já partiam para o salão do almoço, alguns descansavam e alguns treinavam. A sacerdotisa de Athena toma banho e se arruma para almoçar. Ela veste uma saia verde rendada de comprimento abaixo do joelho, uma blusinha marrom de mangas e uma sandália que possuía um salto bem baixo. Assim que sai de casa, Linna ouve que está sendo chamada:

—Senhorita Linna!

Era o curandeiro.

—Olá. Athena precisa de mim?

—Não, eu vim apenas lhe comunicar que Athena irá viajar hoje. Assim sendo, teremos um jantar especial de despedida no salão principal. Isso será próximo às dezoito horas.

—Muito obrigada pelo recado, estarei lá.

O curandeiro faz uma reverência para a jovem e sai em busca de mais pessoas para transmitir o recado. A jovem parte em direção ao salão. Ela chega junto com Mu e Kiki.

—Irmãzinha!

—Kiki, Athena fará um jantar de despedida hoje, eu não faltarei!

—Ah é? Eu não fiquei sabendo... — assim que o garoto diz não saber coçando a cabeça, entra um esbaforido curandeiro no salão e começa a avisar os presentes:

—Hoje aqui no salão às dezoito horas, faremos um jantar de despedida para Athena. Todos estão convidados.

Mu se aproxima da jovem por trás e dá-lhe um beijo na bochecha coberta por cabelos azuis da sacerdotisa. Ele segurando em sua cintura permanece a abraçando por trás:

—Dormiu bem? — o ariano pergunta à sacerdotisa. Neste momento o curandeiro pára de transmitir qualquer recado e arregala os maiores olhos que ele poderia arregalar. Ele encara a sacerdotisa sendo abraçada por Mu de Áries, um cavaleiro de ouro!

—Sim Mu. Dormi muito bem! — a sacerdotisa possuía um grande sorriso no rosto. Ela havia virado o pescoço para poder enxergar seu cavaleiro. O curandeiro não havia deixado de encarar os dois, porém Linna nem havia reparado nisso.

Linna, Mu e Kiki se sentam, o curandeiro ainda estava de olhos arregalados. Alguns cavaleiros chegam e já ficam sabendo da notícia. O almoço se iniciava. O curandeiro volta para a décima terceira casa, indignado. Assim que este chega, vai falar com Athena:

—Athena! A profecia se concretizou!

—Acalme-se! — diz a deusa — Do que você está falando?

—A sacerdotisa e o cavaleiro Mu de Áries! Eu os vi juntos hoje no salão!

—Eles apenas se apaixonaram, nada é comprovado que a culpa seja da profecia.

—Eu sempre achei isso tudo muito perigoso, a senhorita Linna deveria não ter encontrado nenhum cavaleiro de ouro!

—O que poderíamos fazer? Era o destino dos dois.

O curandeiro não estava nada convencido, ele ainda achava que a sacerdotisa deveria se afastar de Mu de Áries.

—Avisou a todos? — pergunta Athena.

—Sim, todos que eu encontrei.

—Não se esqueça de avisar a todos os meus cavaleiros após o almoço.

—Sim — ainda indignado.

Enquanto isso, o almoço no salão se seguia.

—Athena é mesmo muito responsável! Mesmo cuidando do santuário ela ainda cuida dos negócios de seu avô! — comentavam a mesa.

—É mesmo... Será que ela demora a voltar?

—Bom, da última vez ela ficou fora dois meses...

A conversa continuava e o almoço ia chegando ao fim. Linna se levanta. Os cavaleiros respeitosamente fazem o mesmo para ela. A sacerdotisa deixa um beijo na bochecha de seu amado e parte para sua casa, não antes de se despedir de todos.

—Até mais tarde irmãzinha!

—Até mais Kiki.

—Nos vemos a noite Linna! — diz o cavaleiro de Virgem.

—Sim, nos vemos a noite Shaka querido!

—Até a noite irmã.

—Até nisan!

—Linna, peça para o Mu te buscar, não o deixe ficar preguiçoso — diz Afrodite.

A sacerdotisa responde:

—Eu gosto de trilhar o meu próprio caminho de vez em quando Afrodite. Mas se eu precisar, tenho certeza de que Mu virá me buscar! Até mais!

—Até mais! — o pisciniano então vira para Mu que começava a se levantar — Viu como você é sortudo? Ela é uma garota linda, simpática e ainda nem pega no seu pé! — O ariano apenas sorri e Kiki se levanta saltitante se despedindo de todos. O dia estava apenas começando. Eram aproximadamente doze horas e meia.

A sacerdotisa assim que chega em sua casa se deita para descansar um pouco, ela planejava antes das duas horas começar a treinar até dar a hora de começar a se arrumar para o jantar. Aproximadamente uma e meia da tarde Linna escuta chamarem o seu nome:

—Senhorita Linna!

Ela vai atender a porta. Era a costureira.

—Boa tarde senhora.

—Boa tarde senhorita! Eu fiquei sabendo hoje de manhã que a noite teria o jantar de despedida à Athena. Eu me apressei para finalizar um vestido que eu havia começado a fazer para você.

—Nossa! Não precisava se preocupar com isso... — responde a jovem.

—Você sabe que eu lhe faço roupas com o maior gosto. A minha paixão nesta vida é costurar!

Já na sala da sacerdotisa, a costureira retira de sua sacola um vestido. Ele era de cor amarela. Na parte de cima ele era bem justo, porém após a cintura ele ficava bastante rodado. Era um vestido muito elegante.

—Muito obrigada! — diz Linna sem saber muito que dizer.

—Eu estarei lá hoje no jantar. Dessa forma eu verei como o vestido ficou em você. Se você me der licença agora, eu tenho que fazer mais algumas roupas — a costureira se prepara para sair — Ah! Quase ia me esquecendo. Aqui estão duas sandálias para você usar com o vestido. Até mais sacerdotisa!

—Até mais, muito obrigada novamente.

A costureira parte para fazer seus afazeres até a festa. A jovem guarda seu vestido e se troca para treinar.

Mu treina seu discípulo. O cavaleiro passa todos os tipos de exercícios que já passou até hoje, deixando Kiki realmente exausto, Saga e Kanon terminam de organizar a partida de Athena, Afrodite descansa em peixes, DeathMask treina em câncer, alguns cavaleiros treinam e alguns coordenam treinamentos. A tarde segue normalmente.

Próximo a quatro e meia da tarde, Linna já havia treinado todas as magias ofensivas que sabia. A garota resolve ir tomar banho para se vestir e chegar um pouco mais cedo no salão. Ela o faz. Mu finaliza o treinamento de Kiki um pouco mais cedo, para que esse descanse e tenha tempo de se arrumar. Quase todos os pratos que teriam no jantar estavam prontos. Alguns cavaleiros já se dirigiam para o salão em questão. A sacerdotisa é uma das primeiras a chegar. Ela surge magnífica com seu vestido amarelo e os cabelos presos em um coque alto. Como sempre, ela se oferece para ajudar qualquer um que estivesse fazendo algum tipo de tarefa, porém ninguém deixa que ela ajude, também obviamente.

Pouco tempo depois, surge Camus, Shura, Miro, Shaka e Afrodite.

—Olá sacerdotisa — diz o escorpião.

—Olá Miro! —responde a sacerdotisa.

—Você está linda Linna! — Miro comenta.

—Realmente está! —concorda Shura.

Linna sorri timidamente e diz:

—Vocês estão sendo bondosos... — neste momento Afrodite diz:

—Cuidado com o que vocês dizem! Temos aqui presente o cavaleiro de coração gelado e também irmão da sacerdotisa em questão!

Camus finge não prestar atenção no diálogo e cumprimenta sua irmã:

—Olá minha bela irmã.

—Camus! Somos gêmeos seu espertinho! — diz Linna sorrindo.

O virginiano se aproxima de Linna e diz:

—Linna, você está mesmo muito bonita.

—Ah, — começa a sacerdotisa — elogios seus eu não aceito. Viram? Até um homem de olhos fechados pode me elogiar — Shaka sorri e diz:

—Se você preferir eu posso abrir meu olhos para lhe ver, mas eu sinto exatamente a sua presença.

Afrodite pondera:

—Não Shaka, melhor você não fazer isso! É um pouco arriscado — o pisciniano estava segurando seu queixo e fazendo cara de pensativo. Linna ri.

Logo chegam Aioria acompanhado por Marin, Death Mask e Aldebaram.

—Olá! — Linna diz assim que vê a presença de mais quatro conhecidos seus.

—Boa tarde sacerdotisa — diz Aioria.

—Boa tarde — responde Linna.

A jovem ainda cumprimenta todos que haviam chegado e todos que estavam chegando. Pouco tempo depois chega Mu acompanhado por Kiki. O garoto estava feliz e carregava uma mala.

—Linna-irmazinha! — Kiki diz assim que vê a sacerdotisa no meio do salão — Você veio mesmo!

—Mas é claro que eu vim! Você achou que eu deixaria você partir sem se despedir de mim? —Responde a jovem sorrindo para o garoto.

—Olá Linna — cumprimenta o cavaleiro recém chegado.

—Olá Mu! — dizendo isso, Linna abraça seu cavaleiro de ouro. Este diz:

—Você está linda!

—Obrigada —responde a sacerdotisa com um sorriso encabulado.

Neste momento chega Athena, acompanhada por Saga e Kanon. Os dois carregavam duas malas. Todos a reverenciam assim que ela chega. Os presentes começam a se sentar assim que esta o faz. Linna senta-se próxima de Mu, Kiki, Shaka e Camus. O jantar tem seu início. Todos comem conversando animadamente.

—Athena, eu lhe desejo uma boa viagem e uma ótima estadia no Japão— diz Aioria.

—Obrigada.

—Você deseja me deixar um encargo para esses dias Athena? —pergunta a sacerdotisa da deusa.

—Não Linna, não se preocupe com isso.

—Athena, fique tranqüila que manteremos o santuário da mesma forma até o seu retorno — diz Miro.

—Eu sei Miro, eu confio em vocês! — responde a deusa.

—Faça uma boa viagem! — deseja Shaka.

—Obrigada — agradece Athena.

Logo todos os presentes haviam desejado boa viajem à deusa e a Kiki. Todos se despedem.

—Divirta-se Kiki! — diz Linna

—Pode deixar irmãzinha! — responde o garoto segurando sua mala andando junto de Athena.

Eles entram no jato particular de Athena e partem para o Japão. O salão se esvazia completamente e o dia termina com todos indo dormir em suas devidas casas.

No dia seguinte, Linna mais uma vez levanta-se para treinar. Um pouco antes do almoço ela vai para a casa de Áries e encontra Mu terminando de concertar uma armadura:

—Mu, que perfeição o seu trabalho! Cada dia você me surpreende mais!

—Que é isso Linna, eu não faço nada de mais. À tarde ainda concertarei mais três armaduras.

Neste momento Shaka, Camus e Aldebaram entravam na casa de Áries. Todos partem juntos para almoçar. Após o almoço, em que Linna passou boa parte do tempo conversando juntamente com Camus e Shaka, esta treina um pouco e arruma sua casa. Assim que começa a escurecer resolve ir tomar um banho para visitar Mu de Áries. A sacerdotisa escolhe para ir um vestido de cor azul claro de tecido fino. Mais de uma hora depois de escurecer, ela tranca sua casa e parte para Áries. Quando a jovem chega, ela entra devagar, para tentar não atrapalhar o cavaleiro de ouro se esse não tivesse terminado de concertar as armaduras.

—Olá Linna — Mu a surpreende aparecendo de repente de sua sala. Pelo visto ele havia terminado com todas as armaduras já fazia um tempo.

—Mu... Atrapalho você? — pergunta Linna.

—De forma alguma — responde o cavaleiro de Áries. Este se aproxima da jovem e a beija devagar apaixonadamente— venha, sente-se.

Os dois se sentam no sofá maior que Mu possuía em sua sala e começam a conversar.

—Como foi o seu dia meu amor? — pergunta o cavaleiro de ouro.

—Foi muito bom e me rendeu muito. Eu treinei e organizei toda minha casa!

—Que bom. O meu dia também me foi útil. Mas é agora que eu estou gostando mais ainda dele — A sacerdotisa sorri.

Linna e Mu permanecem conversando por mais algumas horas. Quando é aproximadamente dez e meia da noite, a sacerdotisa se despede e parte para sua casa. O ariano se deita em sua cama se cobrindo com um lençol branco até a cintura. Mas um dia terminava no santuário.

Ou não?

Antes que Linna chegue em seu destino, esta percebe que havia esquecido sua chave na primeira casa. Ela volta para buscá-la, ela lembra que havia esquecido-a no sofá de Mu. Assim que chega, a sacerdotisa vai devagar falar com o cavaleiro, se este estivesse ainda acordado. Ela pára na porta do quarto do ariano, este mantinha uma de suas mãos apoiando sua nuca. De repente o cavaleiro de ouro em questão diz:

—Linna! É você? Achei que eu já tivesse começado a sonhar.

—Não — ela responde rindo — sou eu, eu vim apenas buscar minha chave que eu esqueci aqui. Não poderei entrar em casa sem ela. Até amanhã Mu!

O ariano rapidamente se levanta e diz se aproximando da jovem:

—Eu te acompanho até a saída.

—Não, imagina. Você já havia se deitado — diz Linna pondo a palma de sua mão contra o peito de Mu, o segurando para fazê-lo parar e ficar.

O ariano sobe uma de suas mãos e segura o pulso da mão que Linna mantinha em seu peito. Ele se aproxima devagar e a beija.

Os dois permanecem sentindo o gosto um do outro até mesmo quando Mu começa a conduzir a jovem até a parede. Sem parar de se beijarem e ainda encostados na parede, o cavaleiro fecha a porta de seu quarto devagar. O coração dos dois começava a disparar. Mu a conduz para sua cama e a deita, neste momento ele pára de beijá-la apenas para observar o rosto da sacerdotisa antes de dirigir seus beijos agora para o pescoço e o colo da jovem que sentia todos os próprios fios de cabelos se arrepiarem. Linna começa a tirar a blusa de seu cavaleiro, este se senta para terminar de tirá-la. A cama era encostada na parede, Linna então aproveita para encostar o ariano nesta, e começa a beijar umidamente a sua barriga, Mu havia começado a arfar de prazer. A jovem pára e observa o rosto de seu amado, este ainda mantinha o rosto de puro prazer e olhava agora para ela com aquele olhar calmo que seus olhos angulados eram capazes de produzir. A sacerdotisa neste momento senta-se de costas para ele com as costas retas, traz seu cabelo para frente de seu corpo e mostra o zíper de seu vestido. Devagar, o cavaleiro de Áries começa a descer o zíper até a cintura da sacerdotisa beijando suas costas demoradamente, até resolver parar e ir para frente de Linna. O cavaleiro abaixa a frente de seu vestido ao mesmo tempo em que a deita em sua cama novamente beijando seus lábios úmidos. A sacerdotisa começa a tentar tirar as calças de Mu, este as retira e Linna devagar termina de tirar seu vestido. O ariano a observava, agora os dois estavam sem roupa alguma. Ela se deita, porém mantinha uma de suas pernas flexionada com o joelho para cima. O cavaleiro mantendo um de seus cotovelos apoiado na cama, começa a beijar a boca de sua amada lentamente. Esta por sua vez começa a abaixar sua perna. Mu sobe vagarosamente sobre ela ainda a beijando, ele segura sua cintura firmemente e amorosamente para começar a penetrá-la. Linna começa sentir dor, ela havia parado de corresponder aos beijos do ariano e estava com seus olhos fechados e apertados, a jovem ainda leva uma de suas mãos até sua boca para abafar um grito. Mu percebe isso e leva uma de suas mãos para enlaçar a mão livre da sacerdotisa e a outra mão para levemente acariciar seus cabelos diminuindo ainda mais a velocidade com que entrava. Assim que o cavaleiro se encontra inteiramente dentro da jovem, ele começa a se movimentar pausadamente, para dentro, para fora, para dentro, para fora. A jovem aperta a mão do cavaleiro com mais força, Mu não deixava de reparar em cada atitude de Linna, ele segura então mais fortemente a sua mão. Os dois sentem o sangue quente de Linna esvair por entre as pernas e umedecer o colchão. Pouco tempo depois, a sacerdotisa pára de apertar a mão do cavaleiro e a dor que sentia deu lugar a um imenso prazer. Ela então passa a mão que segurava sua boca para as costas do ariano, fazendo pressão para que ele se aproximasse ainda mais. O cavaleiro entende e aumenta o ritmo de seus movimentos. Logo os dois estavam suando muito e se mantinham realmente ofegantes. O ariano não deixava de reparar na jovem e esta nele. A mão livre do cavaleiro, ele passa por baixo da cintura de Linna a puxando bem mais para perto de si. A sacerdotisa puxa também o ariano para ficar mais próximo. Linna gemia de prazer fazendo com que Áries se excitasse ainda mais a casa gemido proferido por ela. Mu aumenta ainda mais o ritmo novamente até perceber que não mais poderia resistir. Ele percebe que o mesmo acontecia com a sacerdotisa e os dois chegam ao clímax ao mesmo tempo, os corpos dos dois se tornam inteiramente um do outro. Os dois permanecem abraçados, Mu acariciava demoradamente os cabelos da sacerdotisa até que esta se rende ao sono, ele a cobre com o lençol. O cavaleiro apesar de cansado ainda consegue resistir por bastante tempo afagando os cabelos de Linna, admirando sua beleza, até acabar adormecendo.

No meio da noite, a sacerdotisa desperta. Ela percebe que seu cavaleiro estava descoberto e o cobre, fazendo com que Mu acordasse. Este lhe pergunta:

—Como você está? Sente dor?

—Não, você foi muito carinhoso comigo.

O cavaleiro sorri e diz:

—Eu te amo minha sacerdotisa.

—Eu também lhe amo meu cavaleiro dourado.

Os dois sorriem e adormecem na casa de Áries.

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