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No caminho para a décima primeira casa, Death Mask encontra os dois:
—Linna, Athena está lhe chamando na sala do mestre. Mu, você pode ir junto.
—Certo, iremos pra lá agora.
E assim foram. Chegando à sala de Athena:
—Com licença Athena, Linna e Mu estão aqui para vê-la — disse o curandeiro de sempre.
—Mande-os entrar.
Ao entrarem Athena disse:
—Como está hoje Linna?
—Muito bem obrigada.
—Ótimo, pois agora você vai conhecer a sua nova casa. Mu, você se importa em acompanhá-la? O curandeiro irá lhe mostrar onde a casa fica. Podem ir.
—Obrigada Athena.
Então foram acompanhados pelo curandeiro para a casa de Linna, que ficava coincidentemente próxima ao jardim que estava agora pouco.
—É esta aqui — ele disse se dirigindo à sacerdotisa — se precisar de alguma coisa para arrumá-la pode chamar — e foi em direção à décima terceira casa.
—Nossa! Mas que linda casa! Mu, você será meu primeiro convidado, entre! — disse Linna abrindo a porta para Mu.
A casa estava em perfeito estado. Havia um quarto com banheiro, uma grande sala, uma cozinha e mais uma outra sala. Todos os cômodos estavam semimobiliados.
— Acho que vou agora mesmo me instalar aqui, então tenho que ir avisar o meu irmão.
— Eu lhe acompanho.
—Obrigada.
Mu não deixava de reparar nela enquanto ela falava, ele estava começando a ficar preocupado que ela percebesse isso. O mesmo acontecia com Linna, enquanto Mu estava falando, ela ruborizava levemente e seu coração disparava. Mas nem ela e nem o ariano percebiam o que poderiam estar sentindo um pelo outro.
Chegando na casa de Áries, Linna se despediu de Mu.
Quando ela chegou na sexta casa foi logo contar à novidade ao seu amigo Shaka, que estava de volta em sua casa.
—Shaka! Eu vou me mudar para minha casa nova, gostaria de ir comigo e me ajudar?
—Linna, que bom. Claro, adoraria.
—Eu vou avisar o meu irmão e poderemos ir.
No caminho, Linna continuou avisando os cavaleiros que encontrava sobre sua nova casa. Todos ofereciam ajuda caso ela precisasse.
Em aquário, Linna conta para Camus aonde irá morar. Antes de voltar com Shaka escadarias abaixo, não deixa de passar em peixes para avisar Afrodite.
—Certo Linna. Leve essas flores para enfeitar a sua casa — disse Afrodite entregando-lhe um vaso cheio de flores rosa e alaranjada.
—Obrigada pela gentileza Afrodite — respondeu Linna.
Logo, Linna e Shaka passaram pela primeira casa novamente, Linna dá um grande sorriso à Mu que corresponde com um aceno. Kiki que estava em um lugar privilegiado, não deixou de reparar nesta cena.
Já na casa de Linna, esta conversou com Shaka até ficar bem escuro. Pouco tempo depois, o virginiano se despede para partir para as doze casas.
—Linna, agora eu vou voltar para casa. Se precisar de mim não exite em me chamar.
—Não se preocupe Shaka querido! Ficarei bem! Hum, já que você vai passar pela casa de Áries, poderia dar um recado ao Mu?
—Claro.
—Diga a ele que eu estou muito agradecida por sua ajuda e que amanhã cedo nos veremos no campo.
—Certo, não deixarei de transmitir o recado. Até mais Linna, durma bem.
—Até mais!
Shaka então assim que chega à primeira casa encontra Mu e diz:
— Mu, a Linna me pediu para dizer que ela está agradecida por sua ajuda e que amanhã de manhã vocês se verão no campo.
Kiki disfarçava que nada ouvia, mas estava com um sorrisinho malicioso no rosto. Ele pensava:
—Parece que a Linna – irmãzinha também sente o mesmo pelo mestre Mu, hehehe.
Mu agradeceu pelo recado de Shaka e este partiu em direção à sexta casa.
Enquanto isso em sua casa, Linna sentava animadamente em sua cama:
—Amanhã bem cedo irei na casa da costureira — ela pensava — espero que o biquíni tenha ficado bom, pois se eu não for no lago amanhã Kiki irá me matar! — então uma cena da sacerdotisa de biquíni nadando vem em sua cabeça, ela corou — eu gostaria que a água do lago fosse escura.
Todos adormeciam no santuário.
O dia seguinte amanheceu ainda mais quente que o dia anterior, seria uma manhã perfeita para ficar se refrescando em um lago. Linna pensava:
—A essa hora Kiki já deve ter começado seus exercícios. Bom, agora eu vou para a casa da costureira.
Shaka em sua casa meditava desde antes do sol nascer. Aioria já estava coordenando os treinamentos de cavaleiros e futuros cavaleiros no campo de treinamento. Miro e Aldebaram treinavam lá também. Afrodite estava na casa de Death Mask para pentelhá-lo. Camus e Shura treinavam cada um em sua casa. Saga e Kanon ajudavam Athena na décima terceira casa. E Mu, como Linna já imaginava, passava difíceis exercícios para Kiki, que neste calor suava muito.
Linna chegava na casa da costureira.
—Linna – sama! Que bom que veio cedo! Eu estava esperando pela senhorita.
—Que bom que não acordei a senhora.
—Não, não. Entre!
Já dentro da casa da costureira, esta continuou:
—Vamos, experimente seu biquíni — e Linna obedeceu. A roupa de banho caiu-lhe muito bem — Agora experimente esse vestido que eu fiz, com o calor que está fazendo, eu acho que você irá querer usá-lo hoje mesmo — o tecido do vestido que a costureira entregara para a jovem, era muito leve e fino. O vestido tinha uma cor de um verde muito claro e o seu comprimento mal passava do joelho. As mangas eram usadas caídas para que os ombros ficassem à mostra — gostou?
—Sim, é mesmo muito bonito e irá cair muito bem em um dia como esse! Ainda mais que hoje eu pretendo me refrescar em um lago.
—Você tem toalha?
—Tenho sim, a propósito, eu já me mudei, agora estou morando em uma casa relativamente próxima a entrada para as doze casas.
—Que bom saber! Espero que esteja gostando de lá.
—Sim, é uma casa muito aconchegante, perfeita!
—Fico feliz em saber. Gostaria que você experimentasse algumas roupas que ainda precisam de uns retoques, você está com pressa?
—Não, não. Acho que dará tempo.
—Então está certo. Coloque esta saia e esta blusa.
Depois de algumas roupas e alguns alfinetes Linna se despede. Antes de sair a costureira lhe entrega algumas roupas íntimas e sandálias:
—Você também precisa dessas, certo?
—Sim. Muito obrigada mesmo. Até amanhã!
—É bom saber que pude ser útil. Até amanhã!
A sacerdotisa parte então para casa. Assim que chega, percebe que terá que correr para chegar na mesma hora que havia encontrado Mu e Kiki no dia anterior. Ela pega uma sacola que encontra em um armário, coloca uma toalha dentro, veste seu biquíni e põe por cima o vestido novo. Calça também suas sandálias novas. Sai em direção ao campo de treinamento.
Enquanto isso, Kiki ficava impaciente:
— Mu – sama. Será que a Linna - chan pretende não vir?
—Eu não creio. Ela me disse que viria. Apenas tenha paciência.
Assim que Mu disse isso, Linna chega ofegante:
— Mil desculpas! Eu calculei mal o tempo que demoraria em chegar... Mesmo correndo demorei mais do que imaginava! Huf.. Puff...
—Ahh, Linna! Que bom que cumpriu sua promessa. Agora venha, vou lhe mostrar o lago. Nossa, eu não agüentava mais esse calor, queria logo ir pra água!
Enquanto Kiki conversava com Linna, Mu os seguia, ele não conseguia tirar os olhos da garota e não podia deixar de notar como esta estava feliz.
—Chegamos! — disse Kiki — O que achou do lugar?
—É lindo Kiki! Que lugar mais maravilhoso! — disse Linna com um grande sorriso no rosto.
— Então vamos! — disse Kiki ficando apenas com um shorts que ele estava usando por debaixo da calça — você está perdendo tempo! — e pulou na água.
Mu fingindo estar distraído tirava sua roupa, Linna aproveitou para fazer o mesmo. Ela tinha um corpo perfeito, mas não deixava de ficar com vergonha. Mu deu alguns passos em direção ao lago, parou, se virou para Linna, estendeu sua mão e disse:
—Venha.
—Sim — disse Linna entregando sua mão ao Mu. E foram em direção à água. Kiki mantinha um sorriso maroto em seu rosto e nadou mais pra longe, logo inventaria uma desculpa para escapulir daquele lago!
— Você sempre vem aqui para se refrescar? — disse Linna a Mu.
—Venho de vez em quando. Como foi sua primeira noite na sua nova casa?
— Foi muito boa — respondeu Linna — obrigada pela companhia e pela ajuda ontem.
—Não tem nada para agradecer.
— Mu - sama! Eu vou trazer algumas frutas para vocês. Talvez eu demore um pouco — dizendo isso Kiki rapidamente saiu do lago, se vestiu e saiu correndo.
— Ah Kiki! Não precisa se incomodar! — dizia Linna em vão
—Ele já foi.
—É. Eu acho que eu vou me sentar ali um pouco — disse Linna apontando para o chão próximo ao lago.
—Eu lhe acompanho.
Então os dois sentaram no chão. As gostas de água caíam dos longos cabelos encharcados dos dois.
—Esse lugar é mesmo bonito — disse Linna.
—Sim, é mesmo — concordou Mu.
—Realmente este lago é refrescante.
—Com certeza é — concordou Mu.
Então os dois pararam de falar e Linna estava com seu coração querendo disparar novamente. Mu se aproximou de Linna devagar, ele não sabia o que o estava levando a fazer isso. A sacerdotisa olhou para aqueles olhos angulados que cada vez chegavam mais próximos dos seus e desejou que eles ficassem o mais próximo possível. Ela retirou do rosto de Mu alguns fios de cabelos que teimavam em ficar na frente de seus olhos. Mu então se aproximou mais e quando chegou perto o suficiente ele fechou seus olhos ao mesmo tempo em que Linna fechava os seus. Seus lábios se tocaram, uma, duas vezes, até que suas bocas se abriram dando caminho para a língua de ambos explorar o interior da boca do outro. Após algum tempo eles pararam e abriram seus olhos, Linna se afastou um pouco, corando e olhou para o chão. Mu então se desculpa:
—Linna, me desculpe.
—Não Mu, não se culpe por algo que nós dois fizemos. Eu acho que agora eu devo ir — disse Linna se levantando e começando a se vestir.
—Você não gostou, foi isso não foi?
—Não. Foi exatamente o contrário disto.
—Então por que quer se afastar de mim? —disse o ariano também se levantando e se aproximando de Linna.
—Eu não quero me afastar de você.
—Então não se afaste — disse Mu se aproximando ainda mais.
Linna olhava aqueles olhos angulados se aproximando novamente. Ela sabia que cederia a eles se eles se aproximassem um pouco mais. Fechou seus olhos e disse:
— Mu... Você sabe sobre a profecia?
—De que profecia você fala?
—É dito que assim que os olhos de um cavaleiro de ouro e os da sacerdotisa de Athena se encontrarem, eles irão se apaixonar eternamente. Eu não queria mudar o destino de ninguém, eu realmente não quero — disse a garota quase começando a chorar.
Vendo como Linna ficou abalada, Mu não se importava mais em controlar suas palavras, diria tudo que sentia ali naquele instante.
—Linna, eu realmente não me importo se eu te amo por causa de uma profecia, do destino ou simplesmente por eu ser Mu de Áries. Para mim o que importa é ver você feliz mesmo que você não queira ficar comigo.
— Mu...
—Se você não quiser ter esse peso na sua consciência eu entendo. A decisão é sua.
“Eu te amo”, essas palavras martelavam na cabeça da sacerdotisa. Mas o que ela poderia fazer? Beijá-lo? Assumir para ele e para si mesmo que também sentia o mesmo? Ela teria essa coragem? Ela se agachou, pegou suas sandálias e sua mochila. Mu se vestia.
—Quer que eu te leve para sua casa? — perguntou o ariano.
—Está tudo bem, eu quero ir sozinha.
Aqueles olhos... Se ela não saísse dali rápido poderia fazer uma bobagem.
— A gente se vê por aí, tchau! — disse Linna no instante em que começou a correr em direção à sua casa.
—A gente se vê — disse Mu baixinho — pelo menos você disse que gostou do que aconteceu — e deu um sorriso.
Linna corria, ela ainda tinha seu coração disparado. Ela e Mu haviam se beijado! Como isso havia acontecido? Próxima de sua casa ela reconhece a voz de seu amigo:
—Linna!
Ela para de correr e cumprimenta:
—Ah, olá Shaka!
Linna estava ofegante, carregava suas sandálias e estava toda molhada, principalmente seu cabelo que ainda pingava muito. Diante do estado da sacerdotisa Shaka pergunta:
—O que houve?
—Nada, eu apenas estava nadando um pouco e já resolvi voltar.
—Precisava correr tanto? E você voltou tão cedo...
—Eu já me refresquei o suficiente. Eu acho que vou tomar um banho agora.
—Eu vou com você até sua casa.
E assim foram até a casa de Linna. O virginiano ainda tentava descobrir o que havia acontecido naquele lago, mas viu que como não conseguiria extrair nada da garota, resolveu desistir de compreender. Por hora.
—Eu vou tomar um banho então, prometo não demorar!
—Vá, depois gostaria de almoçar comigo?
—Sim.
Linna entrou em seu quarto, fechou a porta e encostou suas costas nela, com um sorriso em sua face. Ela levou seus dedos aos lábios e murmurou:
— Mu...
Enquanto isso no lago, Kiki chegava preguiçosamente com uma cesta de frutas na mão.
—Voltei e... Cadê a Linna – chan?
Mu que estava sentado na beira do lago respondeu ao seu discípulo:
—Ela já se foi.
—Mas já! Ah, como assim... Mu – sama, você espantou ela não é mesmo? Poxa! E eu trouxe todas essas frutas pra vocês! E agora Mu – sama? Mu – sama! Mu – sama!!
Mu permanecia olhando o lago. Ele estava com um sorriso no rosto.
—Vamos para a minha casa, você pode deixar essas frutas em cima da mesa, iremos tomar um banho e depois almoçar — disse Mu se levantando e indo em direção às doze casas.
Kiki fez uma cara de desapontamento por um instante, porém ele logo mudou sua expressão. Seu mestre estava estranho, mas parecia feliz, algo definitivamente havia acontecido enquanto esteve fora. Ele então sorri maliciosamente e começa a seguir Mu.
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Mais um capítulo postado :D
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