No dia seguinte assim que amanheceu Linna não conseguiu mais pegar no sono. Não tirava da cabeça as palavras de seu irmão e o cheiro do abraço do cavaleiro de Áries.
Próximo às oito horas da manhã Shaka vai visitar Linna:
—Linna!
Ela então abre a porta para seu amigo
—Linna, o que houve? — disse Shaka ao perceber o semblante da sacerdotisa.
—Shaka, que bom que você veio— disse a jovem enquanto se afastava da porta abrindo caminho — eu precisava mesmo desabafar com você! Por favor, entre.
—Claro.
—Aceita um café?
—Não, eu já tomei, obrigado. Fale para mim, o que está havendo?
—Tudo começou ontem no lago.
—O que aconteceu lá?
—Eu e o Mu nos beijamos — respondeu a sacerdotisa com as faces coradas
—Então era isso que você estava me escondendo...
—Ele... Disse que me amava...
—E o que você disse a ele?
—Bem... Nada... Mas ontem à noite eu fui falar com ele. E disse que também o amava.
—Eu não entendo! Por que você está triste então?
—Bem, é tudo por causa de uma profecia. É dito que assim que os olhos de um cavaleiro de ouro e os da sacerdotisa de Athena se encontrarem eles irão se apaixonar eternamente.
Shaka então compreende a situação em que Linna se encontrava.
—Você disse isso ao Mu?
—Disse. Disse também que precisava pensar.
—Faça isso então Linna, mas não agora. Você já deve ter tido uma noite difícil, que tal sair um pouco?
—Eu não sei. Bem, o pior ainda foi que o meu irmão falou com o Mu. Parece que ele nos viu enquanto eu estava com ele em Áries. Camus então veio falar comigo.
—Eu acho que logo ele repararia Linna, de qualquer forma.
—Você por acaso já sabia Shaka? — pergunta a sacerdotisa com cara de espanto. O virginiano com a voz mais calma do mundo diz:
—Eu te conheço Linna.
—Eu acho que conhece mesmo.
—Vamos.
—Pra onde?
—Vamos pegar algumas roupas novas na sua costureira, acho que isso poderá lhe fazer bem.
—Eu não sei...
A sacerdotisa realmente não queria pensar em roupas agora, ela não esquecia o maravilhoso cavaleiro que a havia abraçado na noite anterior. Como pensar em outra coisa? Mas talvez fosse o melhor a ser feito.
—De que adianta você ficar presa aqui dentro? — insiste o cavaleiro de Virgem.
—Talvez você tenha razão. Espere-me que eu vou me arrumar então — disse Linna trançando seus cabelos.
Shaka e Linna partiram para a casa da costureira. Enquanto isso, Kiki terminava mais um dia de treinamento:
—Mu – sama, eu vou me lavar e depois vou falar com a Linna.
—Faça isso. Eu quero que você volte só depois de ter falado com ela — diz Mu da sua maneira calma habitual.
—Sim senhor! — dizendo isso Kiki parte para se lavar no lago.
No caminho para a casa da costureira, Shaka e Linna conversavam:
—Linna, o que pretende fazer se você encontrar Mu hoje?
—Eu gostaria que isso não acontecesse ainda... Chegamos!
Linna então entra rapidamente e Shaka espera a garota do lado de fora.
Assim que entra a costureira a encontra e diz alegremente:
—Senhorita Linna! Que bom ver você! Eu estava mesmo te esperando. Venha, vamos! Experimente essas roupas que eu lhe fiz.
Linna então experimenta algumas saias, blusas e vestidos. Todos lhe caíram muito bem. A costureira ainda lhe dá mais algumas roupas íntimas e sandálias.
—Ora, não precisava tudo isso — envergonha-se Linna — eu apenas lhe dou trabalho.
—Mas eu já lhe disse que não é trabalho algum! Logo farei mais roupas para a senhorita. Leve essas hoje. Agora que já tenho seu manequim de vez em quando levarei roupas para sua casa.
—Eu agradeço a sua bondade! — Linna se despede da costureira com uma grande sacola em suas mãos.
—Vamos? —disse Shaka ao ver a garota sair.
—Eu gostaria de voltar para minha casa agora — foi a resposta da jovem.
—Não vai almoçar no salão então?
—Não. Farei meu almoço hoje — disse a sacerdotisa um pouco abatida.
—Certo. Eu almoçarei com você!
E assim os dois voltaram para a casa de Linna. Antes que chegassem, o virginiano toca uma última vez no assunto sobre Mu:
—Eu gostaria de lhe dar apenas um conselho. Siga seu coração e seja sempre sincera. É só isso.
—Obrigada Shaka querido, por me ajudar.
—Não tem do que agradecer.
Shaka era muito amigo de Linna, ele faria tudo ao seu alcance pela felicidade da jovem.
Assim que chegaram na casa, Kiki já estava lá. Ele havia chegado pouco tempo depois que Linna e Shaka saíram. O garoto havia se sentado em uma mureta e esperado o retorno da sacerdotisa.
—Olá Linna - irmãzinha, Shaka. Como estão?
—Bem — respondeu Linna.
—Eu estou bem, e você Kiki?— perguntou o virginiano sorrindo.
—Ah, eu estou bem sim — foi a resposta dele — Irmãzinha, será que eu poderia falar com você?
—Claro Kiki.
—Linna, eu lhe espero aqui — disse Shaka se sentando em um banco.
—Obrigada Shaka. Entre Kiki, por aqui.
E assim eles entraram.
—Sente-se. Agora diga, o que você veio falar para mim?
—Eu vim lhe pedir desculpas.
—Desculpas? Por que desculpas?
—Bem, foi tudo culpa minha! Eu queria que você e o mestre Mu se entendessem, mas eu acabei arranjando confusão para vocês. O Mu – sama me disse para eu não voltar enquanto não falasse com você...
—Kiki, é claro que eu lhe desculpo. Porém, na verdade não tem muito para ser perdoado, aconteceu o que tinha que acontecer. Era só isso que você queria me dizer?
—Sim, era só.
—Então, eu vou fazer o almoço. E você irá almoçar com a gente!
—Eu acho melhor não.
—Ora, vai negar o meu convite é, está com medo de experimentar a minha comida?
—Não é isso...
—Se for sobre o seu mestre não há problemas, ele não lhe disse para voltar assim que terminasse de falar comigo, disse?
—Para falar a verdade não.
—Então, não há problema algum! Você fica para o almoço.
—Eba! Hehehe. Linna – irmãzinha?
—Sim?
—Eu espero que você e o mestre Mu se entendam!
Linna sorri para o garoto e vai chamar seu amigo que esperava do lado de fora da casa. Antes de chamá-lo ela diz:
—Ah, e não precisa se preocupar, Shaka já sabe de tudo que houve.
Assim seguiu-se o almoço também para as pessoas que se encontravam no salão principal onde já eram servidos os pratos. Estavam presentes à mesa: Afrodite, Shura, Miro, Death Mask e Mu. O último pensava:
—Eu sabia que ela não viria para almoçar. Espero que Shaka esteja com ela agora. Kiki terá a encontrado?
Camus olhava friamente apenas para seu prato, estava extremamente calado e alheio às conversas que se seguiam. Afrodite então pergunta a Mu:
—Você sabe por que a Linna não veio almoçar hoje?
—Não.
—Eu acho que irei lhe fazer uma visita hoje mais tarde para ver se ela está bem.
O ariano termina seu prato o mais rapidamente possível e sai em direção às doze casas sem nem ao menos dar uma resposta ao comentário do pisciniano, apenas concordou com a cabeça. Afrodite então comenta:
—O que será que deu nele, estava tão estranho! — ele olha então para Camus — apesar de que ele não é o único a estar estranho por aqui... Que bicho mordeu esses dois?!
O Almoço na casa de Linna também começava a terminar. Kiki havia acabado e se oferecia para lavar a louça.
—Pode deixar que eu lavo!
—Imagina Kiki — disse a sacerdotisa — pode ir se quiser, agora que você já almoçou, eu te libero! — disse sorrindo ao garoto.
—Está bem, eu vou falar para o Mu – sama que eu já lhe pedi desculpas, irmãzinha. Até mais! — dizendo isso, Kiki sai correndo em direção a primeira casa do zodíaco.
—Um bom garoto. Tão jovem e preocupado com o bem de seu mestre — disse Shaka.
Linna recolhe os pratos e concorda:
—É... Ele é um garoto de ouro!
Alguns minutos depois que Mu havia chegado em sua casa, Kiki chega correndo.
—Mu – sama! Eu já pedi desculpas para a Linna.
—Ótimo.
—Sabe o que ela disse?
Silêncio
—Ela disse — continuou Kiki — que não tinha motivo para pedir desculpas, pois isso que aconteceu era o que tinha que acontecer.
Mu escuta o que seu pupilo tem a dizer, porém não mostra nenhuma reação. Kiki continua:
—Eu almocei na casa da Linna – irmãzinha, por isso não fui ao salão hoje.
—Eu imaginei — responde o cavaleiro dourado.
—Vai precisar de mim Mu – sama?
—Não.
—Então eu vou dar uma volta —disse Kiki saindo correndo novamente.
Enquanto se adentrava à tarde, o tempo começava a mudar. Shaka meditava em sua casa. Sem se mexer de sua posição de lótus ele disse baixinho:
—Uma tempestade se aproxima —ele estava inteiramente certo.
O tempo ruim não intimidou o treinamento dos cavaleiros, de ouro, de prata e de bronze, muitos estavam no campo de treinamento. Shina, Marin e Aioria coordenavam o treinamento dos futuros cavaleiros. Athena lia papéis em sua sala. O santuário permanecia normal.
Linna estava sozinha em sua casa, eram aproximadamente dezesseis horas, ela até tinha tentado se concentrar em treinos, mas não conseguiu. Toda vez que ela fechava seus olhos, ela via certo cavaleiro de ouro de cabelos púrpura e olhos angulados. Ela ainda conseguia sentir seus braços, seu cheiro e sentir seu beijo. Ela enlouqueceria se ficasse mais um minuto sozinha. Esses sentimentos transtornados que ela estava tendo fizeram com que a sacerdotisa de repente sentisse uma forte dor de cabeça. Ela se lembrava dessa dor, apenas não sabia quando que havia sentido–a pela primeira vez. Começava a chover, a garota saiu correndo em plena chuva, sua cabeça latejava. A chuva piorava violentamente. Neste instante Mu teve um pressentimento e saiu correndo na chuva em direção à casa de Linna, deixando Kiki preocupado em Áries.
Já não se enxergava um palmo a frente, tamanha era a chuva. Linna estava muito mal, porém não havia deixado de correr. O ariano então se encontra com Linna. Ela estava preste a desmaiar quando sentiu os braços quentes que já conhecia. Mu a amparou, extremamente preocupado:
—Linna! O que houve, fale comigo!
A garota apenas gritava segurando fortemente sua cabeça.
Mu então corre com Linna para um lugar protegido da chuva. E começa queimar seu cosmo para a garota que o recebe bem. Alguns minutos depois ela pára de gritar.
—Linna, você está bem?
—Mu... É você?
—Sim, sou eu.
—O que houve? Eu me lembro apenas de estar em casa e... Onde estamos?
—Eu lhe encontrei no meio desta chuva, você estava quase desmaiando. Sua cabeça parecia estar doendo muito.
—Minha cabeça? Eu não sei... Mu, por favor, me leva pra casa! Por favor!
—Vamos esperar a chuva melhorar um pouco mais, está bem assim? Você está se sentindo bem agora?
—Sim. Eu só estou um pouco cansada e com o corpo dolorido.
Mu não conseguia compreender o que havia acontecido. Porém, mais do que nunca, ele queria ficar perto de Linna, para se assegurar que nunca mais isso acontecesse.
—Acho que podemos ir agora — disse o cavaleiro de Áries.
—Sim, vamos — respondeu a garota.
Mu então a segura fortemente em seus braços. Linna permanece em silêncio, sem deixar de prestar atenção em cada parte do ariano: sentia seu cheiro doce, seu calor envolvente, sua pele macia, seus cabelos que roçavam nos ombros descobertos da sacerdotisa. Os lábios da jovem então, se abriram em um sorriso, a sacerdotisa fechou os olhos e respirou profundamente.
O cavaleiro de ouro não deixou de reparar nisso, seu semblante preocupado também se clareou em um lindo sorriso.
—Está feliz? — perguntou Mu.
Linna abre seus olhos rapidamente e fica ruborizada. Nem havia se dado conta que o cavaleiro a observava.
—É a segunda vez que você precisou me carregar.
—Pena que foi por que você estava se sentindo mal.
—Eu, só lhe dei trabalho até hoje, não é?
—Se isso for trabalho eu gostaria de estar ocupado para sempre.
Linna sente novamente o seu rosto esquentar.
—Você tem certeza disso? — disse a sacerdotisa sorrindo timidamente.
—E você ainda mantinha dúvidas com relação a isto?
—Não.
Um silêncio se seguiu, eles acabavam de chegar na casa de Linna.
—Pronto, chegamos — disse o ariano — agora você deve tomar um banho bem quente. Consegue andar?
—Acho que sim. Eu tomo banho se você me prometer que em seguida fará o mesmo.
—Eu prometo.
Linna entrou em seu quarto, extremamente feliz, ela havia decidido o que fazer mandaria aquela profecia para as profundezas do inferno! Nada mais importava! Ela escolheu rapidamente um vestido e foi tomar banho.
Mu permanecia na entrada da casa para não molhar mais o chão do que estava molhado. A chuva começava a parar de cair lá fora.
O ariano não deixava de estar preocupado com a sacerdotisa, porém não conseguia extrair de seu rosto o sorriso que teimava em manifestar-se.
Pouco tempo depois, Linna sai usando um vestido branco. Usava também uma sandalinha baixa e os cabelos estavam sendo penteados.
—Sua vez — ela disse ao cavaleiro de Áries — eu encontrei algumas roupas no meu armário que lhe servirão. Entre e deixe suas roupas molhadas no chão para que eu possa lavá-las.
—Não se preocupe com isso, eu mesmo poderei lavá-las depois de tomar banho.
—Eu faço questão, afinal, elas estão molhadas desse jeito por minha causa.
— Se você prefere assim — disse Mu enquanto entrava no quarto de Linna.
Mu retirou sua roupa molhada e a deixou na onde Linna havia dito para deixá-las, pegou as roupas que encontrou em cima da cama e foi para o banheiro.
Assim que Linna ouviu que o chuveiro foi ligado, ela entrou em seu quarto, pegou as roupas molhadas de Mu e saiu fechando a porta atrás de si.
Neste momento alguém começa a bater na porta de sua casa. A sacerdotisa abre-a e encontra Kiki.
—Linna – irmãzinha! O mestre Mu saiu correndo da casa de Áries você por acaso o viu e... — nesse momento, Kiki havia reparado que Linna segurava certas roupas conhecidas por ele— Ahh, são as roupas do Mu – sama! —ele arregala seus olhos e abre um sorriso — eu, já estava de saída irmãzinha! — ele diz instantaneamente — tchau! — E sai correndo. Kiki então resolve ficar por perto para arranjar alguma desculpa a qualquer um que se atrevesse a visitar Linna agora.
Enquanto isso, Linna observa a porta da entrada de sua casa com os olhos bem abertos, ela então começou a rir. Então, pela porta de seu quarto surge um completamente vestido e de cabelos molhados e penteados Mu de Áries.
—O que houve? — ele pergunta à jovem de cabelos azuis.
—Eu... Não foi nada não. Espera aqui um segundo — dizendo isso Linna vai para o quintal do fundo e lava as roupas do ariano. Alguns minutos depois ela volta, já havia lavado, torcido e pendurado as roupas.
—Pronto — ela diz — estão limpas e penduradas. Logo você poderá vesti-las novamente.
—Eu agradeço.
—Sente-se Mu, fique a vontade — disse a sacerdotisa com um sorriso no rosto.
— Como se sente?
—Muito bem. Muito obrigada por me salvar novamente.
—Você sabe que não precisa me agradecer por isso — responde o ariano.
Linna sorri. O ariano então se levanta, agora que a sacerdotisa estava seca, ele havia reparado que ela estava com algumas feridas em um dos braços. Ele se levantou então para ir próximo a ela.
—Linna, como você fez esses arranhões? Deixe-me vê-los — dizendo isso, o ariano se agacha próximo a Linna, segura sua mão e ergue seu braço. Ele encosta levemente seus dedos sobre as feridas e as cura. Ele abaixa o braço dela — pronto, assim está melhor.
A sacerdotisa o apreciava, sentia seu perfume, sua voz calma, seu calor... Ela tomaria coragem para dizer tudo que estava sentindo? Ela segura o pulso do braço que Mu havia usado para curar suas feridas, impedindo que ele se afastasse dela.
—Mu... Eu não consigo esquecer o que aconteceu aquele dia no lago.
—Se um dia você esquecer, eu posso lembrar a você.
Ela ainda segurava o pulso de Mu. Porém de repente ela o solta e se prepara para levantar, mas antes que consiga, ela encontra aqueles olhos angulados encarando os seus olhos azul-escuros. Ela repara em seus cabelos púrpura que começavam a secar, repara nas duas manchinhas circulares que Mu possuía acima de seus olhos, repara em seu nariz perfeito, sua boca convidativa se aproximando cada vez mais. Linna não mais poderia resistir, ela fecha seus olhos. O ariano beija seus lábios delicadamente fazendo com que a sacerdotisa sinta seus fios de cabelo arrepiarem. Ela então cede completamente a Mu beijando–o também. O cavaleiro de Áries leva suas mãos aos cabelos azuis de sua amada, acariciando-os levemente. A garota deseja que simplesmente o tempo pare para sempre. Sua mão encontra a mão livre do ariano, ela a segura fortemente como se pedisse a ele para que não saísse de perto dela nunca mais. Mu permanecia agachado em frente à sacerdotisa, uma mão ele mantinha nos cabelos dela e a outra ele segurava em seu colo uma das mãos da garota. Esta por sua vez, continuava segurando fortemente a mão de Mu que permanecia no colo deste, ela então leva suas mãos ao rosto do jovem cavaleiro que tinha seu coração acelerando cada vez mais. O ariano percebe que deve começar a tentar se conter, ele começa a se preocupar pelo que pode acontecer, mas não consegue parar de querer senti-la, beijá-la. Linna por sua vez começa a se deixar levar pela emoção, a sua mão que mantinha no rosto de Mu, ela passa para a nuca deste e o puxa mais para perto. Assim que faz isso, o cavaleiro de ouro começa a esquecer completamente a razão e a faz se aproximar mais para perto de si também. Neste momento Linna solta suas mãos do corpo de Mu e o empurra devagar. O ariano rapidamente percebe que tinham passado um pouco do limite e interrompe o beijo. Os dois estavam ofegantes e tinham os rostos corados. O cavaleiro de ouro se levanta.
— Gostaria que eu fosse embora?
—A sua roupa não deve ter secado ainda, deixa-me ver isso para você — dizendo isso Linna vai para o quintal conferir a roupa que obviamente ainda encontrava-se molhada.
Enquanto isso Mu pensava:
—O que eu estava pensando? Eu acho que devo controlar melhor as minhas emoções.
—Mu, a sua roupa ainda está molhada, mas eu creio que em breve ela estará seca.
—Obrigado.
Os dois mantiveram um diálogo formal até que a roupa do ariano finalmente secasse. Assim que isso aconteceu, em que já estava escuro, ele pegou sua roupa e foi se trocar no banheiro.
—Linna, eu deixei a roupa que você havia me emprestado sobre a sua cama.
A sacerdotisa ouvia tudo que o cavaleiro de Áries falava com muita atenção. Ela sentia que seu coração estava disparando novamente, se ele chegasse mais perto, ela poderia sucumbir, e isso não poderia acontecer. Neste momento Mu ao olhar para a janela diz:
—É Afrodite, ele está vindo. Até mais Linna, durma bem.
Então, ouviu-se uma batida na porta no mesmo instante em que a sacerdotisa abria a porta para que Mu saísse.
—Olá sacerdotisa! Ora, mas que coincidência, você também veio visitar a Linna Mu? — disse Afrodite assim que reparou na presença do ariano.
—Exatamente, mas eu já estou de saída. Até mais.
Afrodite não deixou de reparar que os dois tinham os cabelos quase secos e ainda por cima que Mu cheirava à shampoo.
—Entre! — disse Linna animadamente.
—Eu vim ver como você estava, como você não foi almoçar hoje, achei que você poderia estar doente.
—Não, imagina. O que aconteceu foi que eu resolvi fazer o meu próprio almoço, farei isto de vez em quando. A propósito, assim que quiser vir comer aqui é só me avisar!
—Poxa Linna, assim você me deixa sem jeito. Deixe-me convidá-la primeiro para almoçar em minha casa e experimentar meus pratos suecos. E depois você me convida novamente!
—Haha, combinado!
Algum tempo antes, Kiki, quando viu Afrodite se aproximando, pensou melhor e resolveu não inventar desculpa alguma. Apenas cumprimentou o pisciniano e torceu para que nada de ruim acontecesse ao seu mestre e a Linna. Ele não deveria mais se intrometer, ou se não, Mu ficaria bravo com ele.
Após Mu sair da casa de Linna ele voltou para sua casa, e encontrou um curioso Kiki.
—Mu-sama! Já está de volta?
—Sim.
—Como foi... — nesse momento Kiki para de falar, não deveria bisbilhotar na vida de seu mestre, se não este perderia logo a paciência.
—Como foi o que?
—Nada não, é que você saiu correndo na chuva, eu achei estranho.
—Não aconteceu nada de mais Kiki, não havia necessidade de preocupação.
—Então está bem — disse Kiki saindo com cara de conformado. Mu achou isso um pouco estranho, seu discípulo jamais se conformava com suas explicações.
Enquanto isso, na casa de Linna, o cavaleiro de Peixes já se despedia da garota:
—Espere então pelo meu convite, ainda essa semana farei deliciosos pratos para você comer!
—Esperarei ansiosamente! — respondeu a sacerdotisa.
—Tchauzinho!
—Até mais Afrodite! — disse Linna fechando a porta de sua casa.
Pouco tempo depois, a garota já se arrumava para dormir, no dia seguinte falaria com Athena sobre Mu, para finalmente poder assumir a todos o que sente pelo ariano.
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